A Romênia deu recentemente um passo importante para acabar com a exploração de animais para produção de pele, ao decidir proibir a criação de visons e chinchilas para esse fim a partir de janeiro de 2027.

O Parlamento romeno votou majoritariamente a favor da proibição, com 217 votos favoráveis, seis contrários e sete abstenções, após quase dois anos de debate político e intensos esforços de grupos de defesa dos direitos dos animais.

Essa decisão foi motivada por uma investigação secreta da HSI/Europa, que expôs as condições atrozes nas fazendas de peles da Romênia. As imagens revelaram chinchilas confinadas em pequenas e sujas gaiolas, sendo posteriormente mortas em câmaras de gás ou por quebra de pescoço.

Atualmente, 22 países europeus já proíbem a criação de animais para a produção de peles, e o apelo por uma proibição em toda a União Europeia é cada vez mais forte. O número de fazendas de pele na UE diminuiu drasticamente, impulsionado por diversos fatores. A aceitação social e a demanda por produtos de pele caíram, e há uma conscientização crescente sobre os riscos significativos que essa atividade representa para a saúde humana, devido ao aumento de doenças zoonóticas.

Além disso, questões ambientais se tornaram preocupantes, uma vez que a indústria depende de produtos químicos tóxicos. A criação de animais para pele também ameaça a biodiversidade: algumas espécies escapam das fazendas e prejudicam a fauna nativa ao se tornarem espécies invasoras.

A União Europeia é uma das principais regiões de produção de peles no mundo. Apesar do progresso que vem sendo feito, estima-se que cerca de 1.000 fazendas de pele para visons, raposas e cães-guaxinim ainda operem na UE, mantendo aproximadamente 7,7 milhões de animais.

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