O restaurante com 3 estrelas Michelin do chef Gordon Ramsay, em Londres, foi ocupado por 14 ativistas do grupo Animal Rebellion , que busca a mudança para um sistema alimentar à base de plantas.
Todo o ato aconteceu de forma pacífica, com os participantes entrando no local às 18h30 de sábado (19). A polícia chegou no restaurante às 19h, mas foi apenas às 20h, quando o restaurante declarou o encerramento do serviço, que os manifestantes se retiraram. Ninguém foi preso.
Os ativistas instalaram-se nas mesas que estavam reservadas aos clientes e seguraram “falsos menus” que mostram o custo ambiental e social da comida no menu de Gordon Ramsay, seguidos pelas principais demandas do grupo.
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O sofisticado restaurante serve jantares a partir de £ 155 por pessoa (quase R$1 mil). Os pratos incluem vitela (bezerro) e bife bovino, que estão entre os alimentos com as maiores pegadas de carbono e uso da terra.
Lucia Alexander, uma das participantes, deu a seguinte declaração:
“Este restaurante é o exemplo perfeito da desigualdade que enfrentamos no Reino Unido agora. Enquanto Gordon Ramsay serve comida que custa no mínimo £ 155 por pessoa, mais de dois milhões de pessoas estão contando com bancos de alimentos nesta crise de custo de vida.
Em vez de restaurantes obtendo lucros colossais às custas de animais, trabalhadores e nosso clima, precisamos alimentar a todos apoiando agricultores e comunidades pesqueiras a transitarem para um sistema alimentar baseado em vegetais.
Um sistema alimentar baseado em vegetais requer 75% menos terras agrícolas para cultivar alimentos, permitindo-nos alimentar milhões de pessoas adicionais sem depender de indústrias de pecuária exploradoras e ineficientes. Esta é a resposta para o custo de vida e as crises climáticas.”
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A Animal Rebellion se descreve como “um movimento de massa que usa a desobediência civil não-violenta para pedir um sistema alimentar justo e sustentável à base de plantas”.
Resposta do restaurante
Um porta-voz do restaurante Gordon Ramsay disse que as reservas foram canceladas e que o restaurante teve que fechar, devido à grande interrupção no serviço.
O porta-voz acrescentou: “Todo mundo tem direito às suas opiniões e crenças. No entanto, forçar sua entrada em um restaurante, perturbar funcionários que trabalham duro e arruinar a noite de hóspedes que esperaram meses por suas reservas é incrivelmente inadequado e profundamente desrespeitoso”.
