O Equador está investigando a morte de quatro tartarugas-gigantes de Galápagos, que as autoridades temem terem sido caçadas e comidas. 

Os restos mortais dos répteis foram encontrados em um parque nacional de Isabela, a maior ilha do arquipélago de Galápagos.

Matar essas criaturas majestosas é ilegal desde 1933. De acordo com a lei equatoriana, qualquer pessoa considerada culpada de matar uma tartaruga-gigante pode pegar até três anos de prisão.

A recente descoberta de mais quatro animais reacendeu os temores de que a prática continue acontecendo apesar da proibição total da caça. 

Peritos vão realizar autópsias nos restos mortais dos animais — e uma unidade especializada em crimes ambientais está colhendo depoimentos de agentes do parque nacional.

Tartarugas-gigantes

Esses animais geralmente vivem entre 80 e 120 anos e podem pesar até 417 kg.

Apesar da longa vida útil desses seres, seus números vêm diminuindo há anos. Existem agora cerca de 15.000 restantes, abaixo dos 200.000 em 1800.

A população foi devastada por espécies invasoras, que atacam os filhotes da tartaruga e roubam sua comida.

Um filhote recém-nascido e um ovo de tartaruga

Elas também estão sob ameaça de caçadores furtivos. A carne de tartaruga já foi considerada uma iguaria e ainda atrai um preço considerável no mercado clandestino.

Tragicamente, as quatro mortes recentes não são um incidente isolado. Em setembro de 2021, guardas florestais descobriram as carcaças de 15 tartarugas – todas suspeitas de serem vítimas de caça.

Em março de 2021, funcionários do aeroporto também encontraram 185 filhotes de tartaruga dentro de uma mala.