Nova York acaba de se tornar o sexto estado americano a proibir a venda de filhotes de cachorro, gato e coelho em lojas de animais. 

Essa nova medida visa impedir a compra e venda de animais de grandes criadores abusivos que carecem de cuidados veterinários, alimentação ou socialização adequados, segundo o texto da lei. 

A legislação, que entrará em vigor em 2024, continuará permitindo que as lojas de animais tenham parcerias com abrigos de animais ou organizações de resgate para ajudar a conectar as pessoas com animais que precisam de um lar.

Entretanto, a nova lei não proíbe criadores domésticos que vendem animais nascidos e criados em suas propriedades. Estes poderão continuar vendendo até nove animais anualmente.

“Cães, gatos e coelhos em Nova York merecem lares amorosos e tratamento humano. Tenho orgulho de assinar esta legislação, que dará passos significativos para reduzir o tratamento severo e proteger o bem-estar dos animais em todo o estado”, afirmou a governadora Kathy Hochul, após assinar a nova lei “Puppy Mill Pipeline Bill”.

A maioria das lojas de animais que vendem filhotes os obtêm de fazendas de criação de filhotes, instalações infernais de criação em massa nas quais os cães são normalmente forçados a viver em condições precárias, com o mínimo de cuidados veterinários e interação humana. 

Cães de “raça pura” e “híbridos” (incluindo raças com problemas respiratórios, como buldogues franceses e pugs) muitas vezes sofrem deficiências e doenças ao longo da vida e morrem prematuramente porque os humanos os criaram para características grotescamente distorcidas.

No final do ano passado, a organização The Humane Society dos EUA divulgou uma investigação realizada em uma das maiores lojas de animais da cidade de Nova York, a American Kennels, onde foram encontrados filhotes doentes, pelo menos um filhote que morreu na loja, condições imundas e filhotes de raças grandes apertados em gaiolas minúsculas.

A PETA disse que esse é um progresso, mas frisa que a única solução para acabar com a exploração dos animais é que as pessoas parem de comprá-los! 

Ao invés disso, as pessoas que desejam ter um animal na sua família, podem adotá-los em abrigos responsáveis, ajudando as ONGs a continuarem com seu trabalho e dando uma nova vida ao animal resgatado.