Imagine ser incapaz de controlar qualquer aspecto de sua vida: o que você come, quando come, quando dorme, para onde vai e com quem escolhe construir uma família.
Essa é a realidade dos animais nos zoológicos, transformados em exposições vivas. Mesmo nos melhores zoológicos, nas melhores condições possíveis, uma vida em cativeiro simplesmente não é vida para os animais selvagens.
O que as notícias chamaram de “um encontro especial entre uma garotinha e um guepardo” é, na verdade, uma cena triste.
Isso aconteceu em abril deste ano, no zoológico norte-americano “Roer’s Zoofari”, durante a primeira visita da menina de 19 meses a um zoo.
Precisamos ensinar para as crianças que animais não são objetos para usarmos como entretenimento, mas seres com necessidades únicas, que desejam ser livres. Precisamos ensiná-las a terem compaixão e respeito por TODOS os outros seres!
Uma prisão
Na natureza, os animais podem viajar centenas de quilômetros, procurar comida, criar seus filhotes, explorar, brincar e ter relações sociais complexas, enquanto nos zoológicos suas vidas estão confinadas a quatro paredes.
O confinamento e a falta de estímulos geralmente levam a comportamentos anormais e autodestrutivos, conhecidos como “estereotipias”, como andar de um lado para o outro, balançar ou automutilar. Os tratadores às vezes lhes dão antidepressivos ou tranquilizantes para tentar esconder seus sintomas de angústia.
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Animais presos em zoológico. Foto: Hugo Herrera
A mentira da preservação
Os zoológicos querem fazer as pessoas acreditarem que servem para proteger certas espécies que mantêm, algumas em vias de extinção. Porém, dificilmente os animais são soltos de zoológicos – e os que o são, raramente sobrevivem, pois passaram suas vidas vivendo em cativeiros, estando mal preparados para sobreviver na natureza.
Os zoológicos também sabem que nada motiva tanto os clientes a visitarem quanto os filhotes de animais fofos. Mas os programas de reprodução – que geralmente operam sob o disfarce enganoso de “preservação de espécies” – inevitavelmente resultam em um excesso de animais adultos, que agradam menos ao público. Assim, os zoológicos regularmente trocam, emprestam e vendem animais adultos que não querem mais.
Além disso, de que vale preservar uma espécie se estará causando um sofrimento e tristeza desnecessários nos animais aprisionados?
A única maneira eficaz e duradoura de ajudar as espécies ameaçadas é protegendo seu habitat natural, mas os caros programas de reprodução em zoológicos desviam dinheiro de projetos reais de conservação de espécies.
Mito da educação
A única coisa que pode-se aprender em zoológicos é a maneira como os animais, que desejam ser livres, agem quando estão presos.
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Foto: Stanley Chang
Os zoológicos são negócios destinados a entreter os humanos, não educar. A mensagem que eles passam às pessoas é de que não há problema em interferir na vida dos animais e mantê-los em cativeiro, enquanto sabemos que eles vivem em completo sofrimento, frustrados, apertados, sozinhos e sem nenhum controle sobre sua própria vida.
Como ajudar?
Não vá a zoológicos! Não dê seu dinheiro a esses estabelecimentos desumanos que lucram com a exploração de animais. Os zoológicos só pararão de criar e capturar animais da natureza se seu apoio financeiro desaparecer, então a maneira mais importante de salvar os animais da prisão é simplesmente ficar longe dos zoológicos. Podemos proteger espécies ameaçadas apoiando a preservação de habitats naturais, não prisões de animais.
Se você quiser aprender mais sobre os animais, assista a um documentário sobre a vida selvagem mostrando como os animais se comportam em seu habitat natural ou preste atenção ao seu redor! Torne-se um especialista em sua própria área, observando os animais que aparecem em seu jardim ou os pássaros voando no céu.