Marineland, o maior parque marinho da Europa, localizado em Antibes, na França, encerrará suas atividades permanentemente em 5 de janeiro de 2025.
Essa decisão é fruto de anos de campanhas incansáveis de organizações de proteção animal e da lei de 2021 contra maus-tratos a animais, que proibirá espetáculos com cetáceos na França a partir de dezembro de 2026.
No entanto, o futuro dos 4.000 animais explorados no local, pertencentes a 150 espécies diferentes (incluindo orcas, golfinhos, leões-marinhos, tartarugas e peixes), majoritariamente nascidos em cativeiro, ainda é incerto.
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O parque afirmou que sua “prioridade” será a realocação dos animais para as melhores estruturas disponíveis, mas essa promessa levanta muitas dúvidas.
Em especial, as orcas Wikie e Keijo, mãe e filho, são o foco das discussões.
“O parque quer nos fazer acreditar que encontrará a melhor solução para o bem-estar da mãe e de seu filho. Mas, na realidade, fará de tudo para obter o maior lucro possível com eles. Existe apenas uma solução digna para honrar nossa dívida com esses seres sensíveis: permitir que terminem seus dias em um santuário”, afirmou o grupo Ecotalk, que acompanha de perto a situação.
Em março, a orca Inouk, de 25 anos, tornou-se a segunda orca a morrer nos tanques do Marineland em menos de seis meses.
Inaugurado em 1970, o Marineland ocupa mais de 25 hectares e foi, por décadas, uma das principais atrações turísticas da Riviera Francesa, recebendo milhões de visitantes para assistir aos shows de golfinhos, leões-marinhos e orcas.
Contudo, ao longo dos anos, diversas investigações revelaram os danos físicos e psicológicos sofridos pelos animais marinhos mantidos em cativeiro.
A associação One Voice Animal tem se mobilizado há meses para garantir que as orcas sejam enviadas a um santuário marinho na Nova Escócia (Canadá), criado pelo Whale Sanctuary Project.
Infelizmente, é provável que a maioria desses animais continue sendo explorada para o entretenimento humano em outros parques e zoológicos.