O governo da Islândia anunciou a suspensão da caça às baleias até o final de agosto, devido a preocupações com o bem-estar animal. Essa medida pode levar ao fim dessa prática cruel no país.
Recentemente, um monitoramento revelou que a matança dos animais era extremamente demorada, com vídeos chocantes que mostraram a agonia de uma baleia sendo caçada por cinco horas.
O país possui apenas uma empresa baleeira remanescente, a Hvalur, cuja licença para caçar baleias expira em 2023. Outra empresa encerrou suas atividades de forma definitiva em 2020, alegando que a caça não era mais lucrativa.
A temporada de caça às baleias na Islândia ocorre de meados de junho a meados de setembro, mas é altamente improvável que a Hvalur vá para o mar tão tarde na temporada.
As cotas anuais permitem a caça de 209 baleias-comuns, o segundo maior mamífero marinho depois da baleia-azul, e 217 baleias-anãs. No entanto, nos últimos anos, as capturas foram significativamente mais baixas devido à diminuição da demanda por carne de baleia.
“Não existe uma maneira humana de matar uma baleia no mar, por isso pedimos ao ministro que torne isso uma proibição permanente”, afirmou Ruud Tombrock, diretor executivo da Humane Society International para a Europa.
“As baleias já enfrentam tantas ameaças sérias nos oceanos, como poluição, mudança climática, emaranhamento em redes de pesca e colisões com navios, que acabar com a cruel caça comercial de baleias é a única conclusão ética”.
Islândia, Noruega e Japão são os únicos países do mundo que continuam autorizando a caça às baleias.