Três fazendas de criação de animais para produção de peles na Finlândia receberam ordens para abater um total de 70.000 animais na tentativa de prevenir a propagação da influenza aviária. Dentre eles, há cerca de 30.000 visons e 40.000 raposas, muitos deles ainda filhotes.
Mas este número pode se tornar ainda maior. A gripe aviária foi detectada em um total de 20 fazendas de peles na Finlândia desde a metade de julho. No momento, os oficiais da Autoridade Alimentar Finlandesa estão investigando outras quatro fazendas.
A organização de proteção animal FOUR PAWS se pronunciou sobre o caso.
“70.000 animais serão mortos desnecessariamente. É totalmente incompreensível que essa prática cruel continue após a COVID-19. Desde 2020, 450 fazendas de visons na União Europeia relataram surtos de COVID-19 entre seus animais, e cerca de 20 milhões de visons tiveram que ser abatidos para proteger a saúde humana,” disse Thomas Pietsch, chefe do departamento de Animais Selvagens em Entretenimento e Têxteis da organização FOUR PAWS.
A Finlândia é o maior produtor de peles da Europa e o segundo maior do mundo, depois da China. No ano passado, imagens secretas revelaram as terríveis condições em que os animais são mantidos no país para a indústria da moda.
Fazenda de peles na Europa
Atualmente, a criação de peles já foi proibida em 19 países europeus, sendo 14 deles membros da União Europeia.
Esses países incluem Áustria, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Croácia, República Tcheca, Estônia, França, Itália, Irlanda, Letônia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Macedônia do Norte, Sérvia, Eslováquia, Eslovênia e Reino Unido.
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Discussões políticas sobre a proibição também estão em andamento na Romênia, Lituânia e Polônia, de acordo com a HSI (Humane Society International).
Cidadão europeus são contra essa indústria
Mais de 1,5 milhão de pessoas pediram a proibição em toda União Europeia da criação e abate de animais com o único propósito de produção de peles, através da Iniciativa de Cidadãos Europeus (ICE) “Fur Free Europe“. Agora, a Comissão Europeia deve analisar as demandas e fazer uma declaração pública até o final de 2023.