Evanna Lynch, atriz, ativista vegana e escritora, está incentivando o rei Charles III a transformar a fazenda real de sua falecida mãe em um santuário, para que mais de 3.000 animais possam viver suas vidas em paz.
A atriz se junta a outras 14 mil pessoas nessa campanha criada pela organização de proteção animal In Defense of Animals (IDA).
Harry Potter actress Evanna Lynch has joined In Defense of Animals and thousands of people in encouraging King Charles III to consider honoring the late Queen Elizabeth II by sending her famed animals to sanctuary.https://t.co/8ZJChaPAWT pic.twitter.com/0OaXbcPO8a
— In Defense Of Animals (@IDAUSA) 6 de outubro de 2022
A fazenda Windsor Dairy, originalmente projetada pelo príncipe Albert, explora cerca de 200 vacas Jersey, cujo leite, em parte, é vendido para produzir o sorvete Windsor Castle. Além disso, de acordo com a Dairy Herd Management, a propriedade real da falecida rainha também inclui um rebanho de vacas criadas para carne, 140 porcos reprodutores e mais de 1.000 galinhas.
A carne desses animais que vivem na propriedade real é vendida na Windsor Farm Shop.
Criando um santuário para esses animais
A IDA acredita que, devido à abundância de terras e recursos da fazenda real, ela poderia ser facilmente convertida em um local de santuário, onde as vacas, porcos e galinhas da rainha poderiam viver vidas longas e naturais.
Alternativamente, a IDA diz que o Reino Unido é o lar de vários santuários para animais de criação necessitados, e que a família real poderia optar por doar esses animais a um desses lugares.
“Estamos entusiasmados por Evanna Lynch estar entre os quase 14.000 apoiadores do In Defense of Animals que endossam respeitosamente essa causa”, disse Erin Dobrzyn, ativista de animais de criação da IDA, em comunicado.
Crueldade real
Apesar de sempre ouvirmos falar do amor da Rainha e da família real pelos animais, inclusive através de organizações de defesa aos animais como a IDA, os atos dos membros da família ao longo do tempo mostram um cenário diferente.
Em um vídeo recente publicado pelo ativista vegano Ed Winters, também conhecido como Earthling Ed, ele apresenta 5 argumentos de que a rainha e a família real sempre apoiaram a exploração animal:
Chapéus feitos de ursos negros canadenses. Foto: Aldo De La Paz
→ Os chapéus usados pelos guardas são feitos de pele de ursos negros canadenses. A maioria dos animais são baleados ou presos em armadilhas dolorosas, onde muitas vezes são deixados por dias para sofrer. Estima-se que 100 ursos são mortos anualmente para produzir esses chapéus.
→ Caça: matar animais é uma das suas atividades preferidas. Faisões, patos, perdizes, veados, javalis e búfalos são algumas de suas vítimas mais comuns. Porém, no século XX, a rainha e o príncipe Philip caçaram até mesmo tigres, rinocerontes e crocodilos. O príncipe Philip chegou a matar 15500 aves criadas em cativeiro no período de apenas 5 semanas.
→ Em inúmeras ocasiões, os membros da família foram flagrados batendo em animais. A rainha não hesitou quando um cão de caça trouxe um faisão ferido para ela, tirando o pássaro das mandíbulas do cachorro e batendo quatro ou cinco vezes na cabeça com sua bengala até se certificar de que estava morto. O fato aconteceu durante uma festa de tiro em Sandringham, onde aves estavam sendo intencionalmente machucadas e mortas. Um dia depois de ter sido criticada pelo acontecimento, a rainha foi à igreja usando penas de faisão em seu chapéu.
→ Exploração de cavalos: a rainha ficou conhecida como uma amante das corridas de cavalo. Apenas em 2021, 220 cavalos explorados para entretenimento humano morreram no Reino Unido, nas pistas de corrida. Esse número não inclui os animais que morreram nos treinos, ou aqueles que nunca chegaram a competir. Neste mesmo ano, 1200 cavalos da indústria de corrida foram levados a abatedouros para morrer, porque não eram mais considerados úteis. O príncipe Harry também foi flagrado machucando um cavalo com as esporas de sua bota, durante uma partida de pólo. Ele continuou explorando o animal, mesmo após ele ter começado a sangrar.
A marca da espora é claramente visível no cavalo do Príncipe Harry. Foto: Rex Features, via Daily Mail
Já a princesa Anne, presidente da organização chamada de “Bem-Estar Mundial do Cavalo”, sugeriu que os britânicos começassem a comer carne de cavalo para “melhorar os padrões de cuidado com os animais”.
→ Consumo e produção de carne, ovos e laticínios: nenhuma outra indústria causa tantas mortes e sofrimento aos animais quanto a indústria da criação de animais para consumo. Essas indústrias engravidam os animais à força, roubam os bebês de suas mães, mutilam e exploram eles até que não sejam mais produtivos, quando sofrem um cruel assassinato.
O vídeo completo pode ser assistido abaixo, e você pode ativar a tradução automática da legenda para português:
