A Dinamarca anunciou planos para se tornar o primeiro país do mundo a introduzir um imposto anual sobre as emissões de gases de efeito estufa geradas pelas vacas, ovelhas e porcos criados no país.
Esse imposto será introduzido em 2030 e, a partir dessa data, os pecuaristas precisarão pagar 120 coroas (cerca de R$97) por tonelada métrica de equivalentes de dióxido de carbono que produzirem. Esse valor aumentará para 300 coroas (R$242) até 2035.
Na prática, esse valor equivaleria a cerca de R$500 por vaca em 2030 e R$ 1,3 mil em 2035.
A pecuária é uma das principais causas de emissões de gases de efeito estufa, perda de biodiversidade, extinção de espécies e poluição da água.
No ano passado, a Dinamarca também ponderou criar uma taxa para tributar a produção e consumo de carne de vaca, mas a medida não se concretizou.
O imposto ainda precisa ser aprovado pelo parlamento, que conta com 179 representantes, mas a expectativa é que o projeto passe, já que há um amplo consenso sobre o assunto no país.
Além disso, seria necessário que os governos realmente criassem políticas para reduzir o consumo de animais e incentivar uma alimentação à base de plantas.
Afinal, existe muito investimento no setor para tentar fazer com que os animais emitam menos metano, algo que é da natureza do seu sistema digestivo, do que para efetivamente reduzir o número de animais explorados.
Estudos mostraram que dietas vegetarianas estritas são capazes de reduzir a pegada de carbono em 75%, além de toda a questão ética de não explorar os animais.