Essa empresa está desenvolvendo uma nova alternativa ao couro animal para bolsas, carteiras e bancos de carro, sem utilizar plástico e reaproveitando resíduos que seriam descartados.
Edward TJ Mitchell e Brett Cotten, ambos vegetarianos e com experiência em biotecnologia e química supramolecular, viram o potencial dos resíduos de grãos de cerveja e lançaram sua startup em Londres, a Arda Biomateriais.
Os dois se conheceram em um bar, ficaram amigos e a ideia do negócio surgiu quando observaram a quantidade de grãos descartados pelas cervejarias locais.
Em média, a cada 100 litros de cerveja que são produzidos, sobram 20 kg de grãos, que são ricos em fibras e proteínas, fundamentais para a criação de novos materiais.
Esses resíduos normalmente são enviados para aterros sanitários, incinerados ou utilizados como alimento barato para animais “de criação”.

Com o apoio de investidores no valor de 1,1 milhão de libras, equivalente a mais de 6 milhões de reais, a dupla conseguiu desenvolver seu projeto.
Eles montaram seu escritório e laboratório em uma região repleta de cervejarias e bares, local que já foi o distrito de curtumes de couro de Londres.
Atualmente, a startup está trabalhando no desenvolvimento de um processo de produção em escala, além de testar cores e texturas diferentes.
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Um dos fundadores explicou que, embora muitas pessoas pensem que o couro é um subproduto das vacas, na verdade, ele é um co-produto que contribui para sustentar a pecuária com os lucros gerados.
“Estou empolgado que podemos pular a etapa da vaca para criar um produto verdadeiramente inovador que até agora foi 100% livre de animais e plásticos. Agora podemos beber nossa cerveja e usá-la também!”, disse Brett Cotten.
Em março de 2023, a empresa foi selecionada como finalista no Prêmio Global de Mudança H&M, que celebra ideias positivas para o planeta que irão reinventar a moda e mudar a forma como ela é vista, usada e produzida.