Os legisladores da Cidade do México aprovaram, por ampla maioria, uma lei que proíbe o uso de objetos cortantes que possam ferir os touros e a morte desses animais durante as touradas.

A nova legislação, aprovada com 61 votos a favor e apenas 1 contra, também estabelece um limite de 15 minutos para as touradas, após o qual os animais devem ser devolvidos a seus donos e fazendas. Com a nova lei, está proibido matar os touros tanto dentro quanto fora da arena.

Nesses novos eventos, os toureiros poderão usar apenas as capas para atrair os touros e provocar seus ataques. Além disso, os chifres dos animais serão “protegidos” para evitar ferimentos tanto nos toureiros quanto em outros animais.

A decisão provocou protestos intensos por parte dos defensores das touradas e dos toureiros, chegando ao ponto de alguns manifestantes tentarem romper uma barreira policial no Congresso local.

Sofía Morín, da organização Cultura Sem Tortura, México Sem Touradas, que liderou a iniciativa, considerou a medida um grande avanço na proteção dos animais. “Era isso ou nada. Preferimos isso porque, sem dúvida, é um progresso”, afirmou.

A PETA destacou que, embora a lei não proíba diretamente as touradas, ela impõe restrições que tornam sua realização praticamente inviável.

Estima-se que cerca de 180.000 touros sejam mortos todos os anos em touradas ao redor do mundo.

Em 2022, a Cidade do México já havia proibido a prática, o que levou ao fechamento da maior arena de touradas do mundo. No entanto, a Suprema Corte do México revogou essa decisão sem dar justificativas, permitindo a retomada das touradas em 2023.

Touros, que são naturalmente pacíficos e sociáveis, em nenhuma hipótese deveriam ser usados como entretenimento, e a proibição completa dessa barbárie deveria acontecer no mundo inteiro.

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Carne Nunca Mais

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