Uma visitante do SeaWorld San Diego (EUA) gravou o momento em que estava acontecendo o ataque entre orcas, na manhã da última sexta-feira (5), segundo divulgado pela PETA.
Em uma aparente tentativa de escapar das outras orcas, a orca ferida parece querer “encalhar” – o que é um comportamento altamente antinatural.
No vídeo, uma criança pode ser ouvida perguntando: “como [a orca] ainda está viva?”
A testemunha que registrou a cena contou à PETA que estava visitando o parque com seus filhos e disse que o acontecido deixou sua filha em lágrimas:
“Todos nós imediatamente vimos sangue encharcando a água, o que fez minha filha de 9 anos começar a chorar. Nós víamos marcas de mordidas e feridas frescas por toda a lateral da baleia. A cada dois segundos, duas [ou] mais orcas pulavam da água para [continuar] atacando a orca ferida.”
Não temos informações sobre o estado do animal, mas a PETA apresentou uma queixa ao Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), pedindo que a agência investigue o parque por aparentes violações da Lei Federal de Bem-Estar Animal por abrigar animais incompatíveis juntos, uma prática contra a qual a empresa foi advertida no passado.
Exploração de animais
No oceano – onde as orcas vivem em grupos unidos e promovem laços emocionais profundos umas com as outras – a agressão entre orcas dentro de um grupo familiar é quase inexistente. Então, por que é tão comum em parques de exploração como o SeaWorld?
Os parques marinhos condenam as orcas a condições miseráveis – tanques pequenos e estéreis que não lhes permitem nadar em alta velocidade ou mergulhar em grandes profundidades como fariam em seus habitats naturais – causando-lhes extremo estresse e frustração. Além disso, não é incomum que animais incompatíveis sejam alojados juntos nesses minúsculos tanques, onde eles não têm para onde escapar de conflitos com outros animais frustrados ou agressivos.
Apenas um dia antes do acontecido, a orca Nakai morreu devido a uma infecção. O animal, que passou 21 anos trancado no SeaWorld sendo explorado para “entretenimento”, também esteve envolvido em um incidente semelhante em 2012.
Ele perdeu um pedaço de sua mandíbula ao ser atacado por outras duas orcas.
Evidências encontradas pela Dra. Ingrid N. Visser, fundadora e principal cientista do Orca Research Trust, sugerem fortemente que a ferida de Nakai foi de fato causada por uma mordida resultante de um confinamento incompatível, diferentemente do que alegava o parque, que dizia que o ferimento era proveniente do contato com a lateral da piscina.
Ação
Não visite parques aquáticos, aquários, zoológicos, circos, nem nenhum outro ambiente dito de “entretenimento” que obrigue os animais a estarem ali e a participarem. Para que isso aconteça, esses animais são, na grande maioria das vezes, retirados de seus habitats naturais, arrancados ainda filhotes de suas mães, para passarem uma vida inteira trancados em espaços pequenos, sendo obrigados a realizar “truques”.
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Muitos deles sofrem agressões até aprenderem a obedecer aos comandos humanos. Mesmo os lugares que dizem ter resgatado animais que não poderiam mais viver na natureza, mantêm os animais confinados em recintos pequenos, com milhares de pessoas passando diariamente para vê-los, ambiente extremamente estressante.
Apoie santuários que ofereçam condições o mais próximo possível da natureza desses animais, sempre respeitando as individualidades de cada um.
Você também pode participar da campanha da PETA que pede ao SeaWorld que estabeleça um plano para acabar com o uso de animais e realocá-los em santuários à beira-mar.