b
eethoven, um cachorro de dez anos, e sua tutora, Valquíria Lopes, estavam viajando pela Latam de Cuiabá a Florianópolis, nesta quarta-feira (19).
Durante uma conexão no aeroporto de Congonhas, Beethoven escapou da sua caixa de transporte e ficou cerca de 8 horas sozinho, perdido por São Paulo.
Voir cette publication sur Instagram
Valquíria conta que chegou a ver as imagens de segurança: “Em uma delas, aparece um homem que coloca a caixa no chão e se afasta. Em menos de um minuto ele fugiu e saiu correndo pelo pátio. Ele já tinha comido o comedouro, as duas travas… Isso não aconteceu em um minuto. Não houve o cuidado de colocá-lo em um local seguro, o cara nem olhou, estava tudo estraçalhado lá dentro, cheio de sangue na caixa, e ninguém reparou”.
Ela afirma que nunca mais cogitaria viajar com seu cachorro tendo que ser transportado dessa forma.
Beethoven foi avistado quando parou para tomar água na frente de uma barbearia próxima ao aeroporto, e, como as pessoas já estavam sabendo do incidente, suspeitaram que fosse ele e o prenderam com uma coleira.
“Um vigia viu e desconfiou que era ele, pois já tínhamos movimentado toda a vizinhança. Ele o prendeu com uma coleira que pediu emprestado”, afirmou Lopes, que encontrou o animal por volta das 20h30.

Reencontro de Beethoven com a sua tutora. Foto: Valquíria Lopes
“Ele me lambeu toda, me mordeu a bochecha, estava tremendo, tadinho”, conta sua tutora, emocionada.
Na tarde de quinta-feira (20), a dupla conseguiu concluir a viagem. Desta vez, o cachorro teve tratamento preferencial e foi ao lado dela, em um assento só dele, como deveria ser padrão, para todos os animais viajando.
Valquíria contou que ele virou uma “celebridade” dentro do avião e todos que entravam tiravam fotos.

Beethoven viajando na poltrona do avião rumo à sua nova casa. Foto: Valquíria Lopes
A história se repete
Essa não é a primeira vez que um animal foge da área de bagagens em São Paulo. No fim do ano passado, a vira-lata Pandora desapareceu durante uma conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. O animal só foi encontrado 45 dias depois e voltou para seu tutor em 30 de janeiro.
Voir cette publication sur Instagram
Animais não são bagagem, não são coisa, são seres sencientes. Hoje, temos o reconhecimento da família multiespécie. Os animais passaram a integrar nossas famílias e devem ser tratados com respeito e dignidade. Após todos os casos que já ocorreram com animais no compartimento de bagagem de empresas aéreas brasileiras, é urgente rever a legislação federal para impedir que isso continue acontecendo.