Durante o primeiro tempo do clássico entre Corinthians e Palmeiras, uma cena chocante chamou a atenção: uma cabeça de porco foi arremessada no gramado.

A escolha do animal não foi por acaso. O porco, que já foi usado como apelido pejorativo por torcedores rivais, acabou sendo adotado como mascote oficial do Palmeiras.

Aos 28 minutos, enquanto um jogador palmeirense se preparava para cobrar um escanteio, torcedores do Corinthians lançaram um copo com água e a cabeça do porco, que acabou na linha do campo.


Para evitar uma pausa no jogo, Yuri Alberto, jogador do Corinthians, rapidamente tentou retirar o objeto, achando, no momento, que se tratava de uma almofada.

Após o jogo, ele explicou: “Quase quebrei o pé. Achei que era uma almofada e dei um chute para afastar. Quase me machuquei.”

Um torcedor do Corinthians foi identificado como o responsável pela ação após publicar nos stories de seu perfil o momento da compra da cabeça no açougue e detalhar suas intenções: “Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês (jogadores), nós vamos mexer”, afirmou Rafael Modilhane.

Dois outros homens foram detidos ainda durante o jogo, mas negaram envolvimento e foram liberados. Agora, o Corinthians pode enfrentar um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Em uma sociedade onde os porcos são extremamente explorados, suas vidas acabam sendo tratadas como descartáveis. E se, em vez de uma cabeça de porco, fosse a de um cachorro jogada no campo? Qual seria a reação das pessoas?

Aquele porco, um indivíduo único, também deveria ter o seu direito à vida respeitado.

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