Shark finning é o termo em inglês usado para a prática de corte da barbatana de um tubarão, que em seguida é descartado vivo no mar, o que o leva a uma morte lenta e dolorosa.
De acordo com a organização Humane Society International (HSI), cerca de 72 milhões de tubarões são mortos anualmente apenas para a retirada de suas barbatanas.
Tradicional em países asiáticos como China, Japão, Hong Kong e Vietnã, a sopa de barbatana é considerada uma iguaria, mas contribui para o aumento das espécies de tubarões ameaçadas de extinção, através da caça predatória desses animais que causa um desequilíbrio nos sistemas marinhos.
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E qual a relação do Brasil nisso?
O Brasil é o maior importador e consumidor mundial da carne de cação.
Pesquisas recentes indicam que 7 em cada 10 brasileiros não sabem que carne de cação é, na verdade, carne de tubarão.
Indústrias de comércio de barbatana têm visto o Brasil como uma “lavanderia” para legalizar suas práticas insustentáveis.
Os tubarões e raias têm sofrido reduções populacionais irreversíveis nos últimos anos, especialmente devido à sobrepesca.
No Brasil, para agravar a situação, não é exigida a rotulagem correta e as espécies são vendidas como “cação”, fazendo com que espécies criticamente ameaçadas – como os tubarões-martelo e raias-viola – sejam livremente comercializadas.
Saúde
A carne de tubarão e raia pode ser prejudicial à saúde pois esses animais acumulam grandes quantidades de contaminantes orgânicos como pesticidas, metais e derivados de petróleo. Isso acontece porque eles são de alto nível trófico dentro da cadeia alimentar, acumulando essas substâncias tóxicas de todas as suas presas ao longo da vida.
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