Sob o lema “já pensaste deixar de comer animais hoje?”, manifestantes e ativistas saíram às ruas de Lisboa no último sábado (3) na marcha nacional pelo direito dos animais.

Organizada por 3 associações defensoras da libertação animal- a Animal Save & Care Portugal, a Ação Direta e a Eco Roots -, a manifestação atraiu de forma pacífica cerca de 200 pessoas de todo o país, exigindo uma mudança do sistema alimentar da sociedade e defendendo os direitos de combate à exploração e opressão de todos os animais.

A iniciativa encontra-se inserida no conjunto de ações planeadas no Tratado de Base Vegetal (Plant Based Treaty) que propõe uma transição para sistemas alimentares à base de plantas.

Noel Santos, representante da Animal Save & Care Portugal, falou de uma marcha focada na causa animal: “este dia é para lutar por eles”. O representante dirige-se ao cidadão comum, por considerar que a mudança individual é a única forma de obrigar o poder político a responder conforme a vontade dos eleitores.

“Se as pessoas quiserem mudanças, o sistema terá de mudar com elas”.

Apesar de ao longo dos anos ver uma sociedade portuguesa mais desperta e disponível para “dar o seu apoio a este tipo de iniciativas”, por “um mundo mais saudável, com menos sofrimento”, Noel Santos aponta que esta “não está preparada, especialmente o sistema político, para uma mudança tão profunda”.

No final da marcha fez-se um minuto de silêncio por todos os animais e abriu-se uma discussão sobre a diminuição da população de pombos em Lisboa.