O santuário italiano de animais Progetto Cuori Liberi, em Sairano, tem vivido um pesadelo difícil de imaginar.

Dos 38 porcos residentes no santuário, 21 faleceram em decorrência da febre suína africana (ASF). Como se o sofrimento causado por essa dolorosa doença não fosse suficiente, as autoridades de saúde condenaram todos os porcos, doentes ou saudáveis, à morte. 

A partir desse momento, centenas de ativistas se mobilizaram e há mais de 10 dias impedem o acesso dos veterinários da autoridade de saúde local de entrarem. Ontem, manifestantes se acorrentaram aos portões, barricados com tratores e outros veículos, enquanto a polícia estava presente.

Os administradores do santuário pedem às instituições que permitam que esses porcos permaneçam vivos, isolados em segurança no abrigo, uma vez que a ASF não afeta os humanos.

Enquanto isso, o deputado Devis Dori pede aos ministros da Agricultura e do Meio Ambiente que encontrem uma solução para evitar o abate.

Alguns dos porcos vivem no santuário há mais de 8 anos, acolhidos em situações de maus-tratos. 

O santuário propõe que as autoridades usem o local como um ponto de observação para melhor compreender as inúmeras dúvidas acerca da doença e como ela afeta de forma diferente os animais.

Os santuários não têm nada a ver com fazendas de criação de animais e não deveriam ser obrigados a seguir as mesmas diretrizes.

“Nossa luta continuará até que todos estejam a salvo”, afirmou Sara d’Angelo, coordenadora da Rede de Santuários de Animais Livres na Itália.