As 14 girafas sobreviventes do maior caso de tráfico de animais da história do Brasil ainda enfrentam o risco de passar o resto de suas vidas como “atrações” de zoológicos.

Em dezembro, o Ibama multou o Bioparque do Rio em mais de 4 milhões de reais por maus-tratos e determinou que as girafas deveriam ser repatriadas para países africanos de origem. No entanto, a repatriação ainda não tem data para acontecer. Segundo a coordenadora-geral de fauna do Ibama, também está sendo avaliada a possibilidade de transferir os animais para zoológicos brasileiros.

Há três anos, 18 girafas foram traficadas do continente africano para se tornarem “atrações” no BioParque. Elas foram mantidas em minúsculas baias, com pouca luz, rodeadas por seus próprios excrementos. Quando seis delas tentaram fugir, três morreram logo após serem recapturadas, sofrendo intensamente antes de falecer, como apontaram os laudos. Dois anos depois, outra girafa sucumbiu a uma doença muscular.

Após ações judiciais movidas por ONGs de defesa animal, as girafas foram transferidas para um espaço maior, mas continuam confinadas em um resort em Mangaratiba. Agora, esses 14 animais, que já passaram por tanto sofrimento, enfrentam a possibilidade de passar o resto de suas vidas sendo explorados em zoológicos.

É urgente garantir que o futuro delas seja diferente.

Sobre o Autor

Carne Nunca Mais

Nosso objetivo é fornecer informações atualizadas, conscientização e inspiração para todos aqueles que se preocupam com o bem-estar animal.

Ver todas notícias