O Zoológico de Nuremberg, na Alemanha, causou indignação ao planejar matar quase metade dos babuínos-da-guiné de um grupo de 45 indivíduos, depois que métodos contraceptivos falharam em evitar sua reprodução.
O recinto deles foi inicialmente projetado para abrigar apenas 25 primatas.
Segundo o zoológico, as limitações de espaço resultaram em um aumento na agressão entre os babuínos, causando brigas mais frequentes, muitas vezes resultando em animais feridos.
A alta concentração de indivíduos em um pequeno cativeiro leva a agrupamentos sociais forçados, oportunidades limitadas para escapar de conflitos e competição intensificada.
Esses fatores frequentemente levam ao estresse crônico, agressão e confrontos físicos frequentes, colocando todos os membros do grupo em alto risco de lesões, morte ou doença.
Todas essas informações deveriam ser conhecidas pelo zoológico e medidas deveriam ter sido tomadas para garantir que a superlotação não ocorresse.
O zoológico afirmou não ter encontrado outros zoológicos ou santuários que pudessem receber esses animais, não há possibilidade de ampliar o recinto e os animais não podem ser reintroduzidos na natureza.
Porém, desde a publicação de seu plano em fevereiro, eles disseram ter sido contatados por 3 instituições e estarem analisando as opções.
Quando questionados sobre por que mantêm os animais se não podem ser libertados na natureza, eles responderam:
“Uma população mantida sob cuidados humanos pode constituir a base para solturas na natureza se existirem espaços protegidos e adequados em algum momento. A atitude, portanto, serve para proteger e garantir a sobrevivência da espécie”.
Em 2021, cerca de 50 animais do zoológico foram mortos em Nuremberg, incluindo ovelhas, cabras e espécies ameaçadas como antílopes e jumentos selvagens.
Para manter o crescente número de animais nos zoológicos, ainda mais animais precisam ser criados e mortos para poder alimentá-los.
Recentemente, um grupo de 24 ativistas bloquearam a entrada principal do zoológico, se acorrentando à cerca e segurando cartazes, como forma de protesto.