Por volta das 6 horas da manhã desta sexta-feira (16), o maior aquário cilíndrico do mundo rompeu, despejando mais de um milhão de litros de água e causando a morte trágica de 1500 peixes que ali eram mantidos.

Entre os 80 tipos de peixes estavam o peixe-azul e o peixe-palhaço, duas espécies coloridas conhecidas do filme Procurando Nemo. Era possível observá-los a partir de um elevador que passava no centro do cilindro.

“Infelizmente, nenhum dos 1.500 peixes pôde ser salvo”, disse a prefeita Franziska Giffey.

Nenhum animal sobreviveu.

Duas pessoas ficaram feridas por estilhaços de vidro e os serviços de emergência pediram a cerca de 350 hóspedes do hotel que arrumassem os seus pertences e saíssem em meio a preocupações de que poderia haver danos estruturais.

A prefeita disse que o incidente desencadeou um “verdadeiro tsunami” de água, mas o horário do acidente evitou que houvesse mais feridos.

Ainda não foi explicado a causa do rompimento, mas acredita-se que as temperaturas abaixo de zero durante a noite possam ter influenciado na fissura.

Na tarde de hoje, uma mobilização estava sendo feita para tentar resgatar entre 400 e 500 peixes mantidos em pequenos aquários embaixo do saguão do hotel. Devido à proporção do acidente, o local ficou sem eletricidade e seus tanques não estavam mais recebendo o oxigênio necessário. Ainda não há informações sobre o estado desses animais.

O grupo de direitos dos animais PETA twittou na quinta-feira que o aquário se tornou uma “armadilha mortal” para os peixes alojados nele.

Mais uma tragédia tirou a vida de animais em cativeiro, que não têm a menor chance quando ocorre um desastre. A PETA Alemanha está explorando uma ação legal contra este aquário mortal.

Embora muitas pessoas ainda tenham dificuldade em enxergar os peixes como merecedores de compaixão, eles são seres sensíveis e inteligentes. Ficamos imaginando todo o sofrimento deles com a pressão gerada pelo rompimento e, depois, agonizando sem oxigênio.

Que essa trágica morte de 1500 peixes sirva para a sociedade entender que animais não são entretenimento.