Após viverem por décadas em cativeiro, cinco tartarugas foram libertadas no oceano, durante um entardecer de maré alta no dia 16 de novembro, no Taiwan.

Em julho deste ano elas foram resgatadas do Templo Dayi, em Penghu, onde eram forçadas a viver em péssimas condições, onde corriam risco de vida.

O grupo de proteção animal Environment & Animal Society of Taiwan (EAST), realizava investigações no local desde 2017, e vinha denunciando o templo pelo tratamento dado aos animais.

A água onde oito tartarugas eram mantidas, além de poluída, estava carregada de metais pesados, devido ao acúmulo de moedas jogadas por visitantes. Análises feitas revelaram altos níveis de níquel e cobre no sangue das tartarugas.

Tartarugas marinhas em um tanque no Templo Dayi, em Penghu. Foto: Environment & Animal Society of Taiwan

Além disso, elas viviam confinadas em uma pequena piscina rasa, sem nem sequer poder mergulhar ou ter acesso ao sol.

As tartarugas marinhas são animais solitários que não interagem entre si, exceto quando acasalam. Isso é como colocá-los em uma prisão. Confiná-los a um espaço tão pequeno faz com que elas briguem por comida e se machuquem.

“Na natureza, as tartarugas marinhas podem mergulhar mais de 100 metros, mas a piscina é tão rasa que quase tocam o chão quando nadam”, disse Yu-Min Chen, disse Yu-Min Chen, vice-chefe executivo da EAST.

Infelizmente, três delas morreram entre os meses de junho e julho. A situação fez despertar uma forte pressão do público, gerando uma decisão do governo de libertar os animais do cativeiro.

As cinco tartarugas sobreviventes foram treinadas e preparadas para serem libertadas. No começo de novembro, elas foram examinadas por um veterinário, que concluiu que elas estavam prontas para a reintrodução.

Por falta de mais equipamentos, apenas duas delas tiveram um rastreador implantado, para que possa ser acompanhado o processo de volta à natureza.