Amy Soranno e Nick Schafer, dois ativistas canadenses dos direitos dos animais, foram considerados culpados de desacato e invasão pela ação realizada em 2019 na fazenda de criação industrial de porcos “Excelsior”, na província de Colúmbia Britânica.
Uma nova audiência acontecerá no dia 26 de agosto, e eles podem ser condenados a penas de até 10 anos de prisão.
O que aconteceu?
Em abril de 2019, uma ação chamada de “Meat the Victims” reuniu quase 200 ativistas na fazenda Excelsior Hog Farm. Enquanto 130 ativistas protestavam do lado de fora da propriedade, outros 65 conseguiram entrar e transmitir ao vivo.
Cenas dos maus-tratos sofridos pelos animais puderam ir a público: fileiras e mais fileiras de porcas grávidas espremidas em gaiolas de gestação do tamanho de seus próprios corpos, incapazes de se virar ou se mover por meses a fio. Tantos porcos severamente negligenciados, espumando pela boca, aleijados, deixados para sofrer e morrer de doenças e ferimentos. Porcos mortos foram encontrados apodrecendo em currais com outros porcos vivos que estavam comendo seus cadáveres, e outros foram jogados em latas de lixo.
Alguns meses depois, imagens de vídeo de uma câmera escondida foram divulgadas, mostrando os proprietários e operadores da Excelsior Hog Farm conduzindo crueldade animal criminosa, inclusive provocando o rosto dos porcos com eletricidade, batendo e chutando repetidamente os animais e cortando as caudas e testículos de leitões gritando sem alívio da dor.
Ativistas considerados culpados
Como resultado, eles geraram a atenção da mídia nacional e internacional de massa e 4 ativistas que obtiveram as imagens foram indiciados depois de investigação realizada pelas autoridades: Amy Soranno, Nick Schafer, Roy Sasano e Geoff Regier. Após diversas audiências, as acusações de Roy e Geoff foram retiradas.
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Fazenda segue impune
Uma petição foi criada exigindo que a Sociedade de Prevenção à Crueldade Animal proceda com as acusações criminais de crueldade animal contra Excelsior Hog Farm.
Entretanto, a fazenda não enfrentou nenhuma repercussão por seu documentado abuso de animais, mas 2 dos 4 ativistas acabaram de ser condenados criminalmente por ajudar a expor esse abuso.
A única razão pela qual os ativistas estão nessa situação é porque o público NÃO pode ver como os animais vivem e morrem para se tornarem comida.
“Há uma razão pela qual nosso pedido ao governo para instalar câmeras de transmissão ao vivo dentro das fazendas, a fim de criar transparência e impedir que os ativistas o façam, não foi atendido”.
Já se passaram 3 anos do momento em que os ativistas estavam dentro dos celeiros da Excelsior Hog Farm. Porcas reprodutoras normalmente só sobrevivem por 3 anos. As chances são de que todos os animais que eles conheceram em 2019 tenham sido brutalmente abatidos.
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