Após a marca Heura, de produtos plant-based, instalar dois outdoors gigantes no centro de Madri, com “CARNE” escrito em letras de 15 metros de altura, acompanhado da foto de um hambúrguer de plantas, o setor de exploração animal se ofendeu e resolveu reagir.

Heura

Cinco entidades ligadas à “produção” de carne animal se uniram para protestar contra o uso do termo para um alimento de origem vegetal. Eles pediram para a Heura “remover imediatamente elementos publicitários e mídias enganosas (anúncios, mensagens, etc.)” e a retirada de “carne” das embalagens de seus produtos.

No documento ainda dizem que a legislação espanhola “não permite a utilização na rotulagem e publicidade de nomes de carne ou derivados de carne” e que “devem ser carne ou ter, como ingrediente essencial, qualquer um dos seguintes: carne, toucinho ou gordura, sangue ou seus componentes ou ambos, miudezas ou tripas naturais”.

A startup aproveitou a situação para continuar seu marketing, “vandalizando” seu próprio outdoor para dizer aos consumidores que está enfrentando um desafio legal da indústria da carne. Ela diz que seus próprios clientes devem julgar a autenticidade descritiva de seus produtos. 

Para isso, eles estão distribuindo 600 hambúrgueres para possibilitar o diálogo e deixar o consumidor decidir se é “carne ou não”.

“É claro que existem diferenças entre os conceitos de carne animal e carne vegetal, e o bom é que as pessoas os conhecem e podem escolher o tipo de carne que preferem. Acreditamos firmemente que as pessoas sabem diferenciar ‘carne animal’ e ‘carne vegetal’. E nosso objetivo é oferecer opções deliciosas, sustentáveis ​​e saudáveis ​​do segundo tipo”, diz a empresa em um texto compartilhado.

“Não nascemos para ser alternativas à carne animal, mas seus sucessores”, Marc Coloma e Bernart Añaños, co-fundadores da Heura.

 

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