Um estudo revelou que os consumidores mais velhos do Reino Unido estão diminuindo o consumo de carne e adotando uma dieta flexitariana. 52% das pessoas com mais de 65 anos estão comendo 3 ou 4 refeições sem carne por semana, não muito longe do número de millennials que fazem o mesmo em 57%.
Segundo informações do Vegconomist, o estudo feito com 2.000 pessoas foi encomendado pela Dopsu, uma das principais marcas de alternativas à carne do Reino Unido. Descobriu-se que mais da metade (54%) das pessoas com mais de 65 anos estão procurando ativamente reduzir a quantidade de carne que consomem, com a tendência flexitariana permanecendo forte na faixa etária, pois as pessoas optam por carnes alternativas em pratos tradicionais.
Junto com os millennials, as duas faixas etárias representam os segmentos que mais crescem para dietas flexitarianas.
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“Não são apenas os millennials que estão adotando uma dieta flexitariana, há uma ampla gama de idades agora procurando fazer trocas inteligentes e reduzir a carne, os + 65 anos estão liderando o caminho para o resto de nós! A Dopsu quer mostrar aos britânicos que fazer a escolha de reduzir a carne não significa abrir mão de suas refeições favoritas, é possível desfrutar de todos os seus pratos favoritos sem comprometer o sabor ou a textura”, explica Abigail Flynn da Dopsu.
Novos começos
A mudança nas dietas entre os idosos é exemplificada por pessoas como Frances Day, que aos 82 anos começou a viver um estilo de vida vegano, de acordo com um artigo do The Guardian. Frances foi influenciada por seus filhos veganos e por fatores éticos, e admite estar tendo “uma nova sensação de liberdade”.
Frances conta que em seu grupo local, “todos sabem que sou vegana e já se acostumaram a me ver olhar com desconfiança o verso dos pacotes de biscoitos”. Um colega participante recentemente fez cupcakes veganos.
Agora Frances, que está prestes a completar 84 anos, diz que a sua casa é “uma casa vegana… Estou me sentindo cada vez mais eu mesma. Provavelmente mais do que eu já fui. Leva muito tempo. Acho que posso não ter tanto tempo. Vou aproveitar ao máximo”. O que ela quer fazer? “Ser gentil, prestativa e uma boa amiga para os poucos que tenho, estar presente para quem precisar de mim. E apontar para um caminho que eu acho saudável e gentil.”