Inouk, uma orca mantida em cativeiro no Marineland, localizado em Antibes, na França, morreu na quinta-feira (28) aos 25 anos, tendo passado toda a sua vida sendo explorado.

Inouk nasceu no próprio parque em fevereiro de 1999, e tudo o que conheceu foi seu tanque de concreto.

Sua saúde era motivo de preocupação há anos, levando a ações e batalhas legais de organizações de bem-estar animal, e apesar de todos os esforços para ser realocado para um santuário, Inouk acabou morrendo no local.

A notícia vem em meio ao crescente debate sobre a crueldade a que esses animais são submetidos e acontece somente 5 meses depois da morte de Moana, de 12 anos, que era sobrinho de Inouk.

Com a partida de Inouk, agora restam apenas duas orcas no parque, Wikie (22 anos) e Keijo (10 anos), mãe e filho.

 

Voir cette publication sur Instagram

 

Une publication partagée par One Voice (@onevoiceanimal)

Todos foram continuamente forçados a adotar comportamentos absurdos, distantes de sua natureza, fazer coreografias ao som estressante de música alta e viver em espaços completamente inadequados para a espécie.

Algumas semanas atrás, a equipe da página francesa Ecotalk visitou o local para documentar a situação dos animais e relatou: “O que descobrimos partiu nossos corações, um parque totalmente abandonado, piscinas insalubres e animais em grande sofrimento. Enquanto os rumores de uma transferência para o Japão são confirmados, é urgente que o parque dialogue com as associações, pois um santuário no Canadá se ofereceu para receber Wikie e Keijo, as últimas sobreviventes do Marineland Antibes”.

Durante sua visita investigativa, eles não conseguiram ter acesso às orcas e todos os funcionários questionados também desviavam de suas perguntas sobre os animais. Também não havia mais nenhuma imagem ou menção às orcas no parque disponível.

Foi somente por meio de um drone que conseguiram capturar imagens delas em um tanque minúsculo, as últimas cenas de Inouk ainda em vida.

No último sábado (30), centenas de pessoas se reuniram em frente ao Marineland Antibes para protestar contra a morte de Inouk e exigir a libertação das duas orcas restantes para um santuário.

As associações “One Voice” e “C’est Assez” têm pressionado pela realocação das duas orcas restantes para um ambiente mais digno, e estão exigindo responsabilidade do Marineland em relação às condições que levaram às mortes delas.

A partir de 2026 estará proibido por lei na França os espetáculos com cetáceos, mamíferos exclusivamente aquáticos representados pelas baleias, botos e golfinhos.

O parque também explora dezenas de outras espécies em aquários como tubarões ou tartarugas, além de focas e leões-marinhos em apresentações e encontros com visitantes.

Rasputin, uma ursa polar, também costumava ser mantida no local para entretenimento até poucos anos atrás, sofrendo muito com o cativeiro e as altas temperaturas no verão, chegando a 40°C, antes de ser transferida para a Escócia

Nunca visite este tipo de parque, os animais têm vidas horríveis e cruéis para levar esse tipo de “entretenimento” ao público.