Cerca de 4.000 beagles foram resgatados de situação de maus-tratos e salvos de serem explorados em testes de laboratório, graças à ONG Humane Society dos EUA (HSUS).
Os cães foram descobertos em condições superlotadas e chocantes na propriedade da empresa Envigo, localizada no estado americano da Virgínia. A Envigo cria e vende animais para testes e pesquisas em laboratório.
Essa remoção dos beagles é resultado de uma ação movida pelo Departamento de Justiça em maio que descrevia violações chocantes da Lei de Bem-Estar Animal no criadouro.
Maus-tratos
Inspetores do governo descobriram que os beagles estavam sendo mortos em vez de receber tratamento veterinário para condições facilmente tratadas; as mães beagles que amamentam foram negadas comida; a comida que recebiam continha larvas, mofo e fezes; e durante um período de oito semanas, 25 filhotes de beagle morreram de exposição ao frio.
Outros cães sofreram ferimentos quando foram atacados por outros cães em condições de superlotação.
Durante uma inspeção foi encontrado uma fêmea com a pata presa em uma parte solta do chão por tanto tempo que tinha ficado desidratada. Funcionários não sabiam dizer há quanto tempo ela estava presa.
Em outra visita, foi descoberto que nove cães machucados tinham recebido eutanásia ao invés de cuidados médicos. Outros 196 beagles que foram mortos não receberam anestesia antes do procedimento, que envolve uma injeção no músculo do coração.
Destino dos animais
No início de julho, depois que relatórios de inspeção expuseram a instalação, um juiz ordenou que os 4.000 cães restantes fossem libertados.
Agora, eles estão sob os cuidados da ONG, onde serão castrados, vacinados e terão a saúde atendida para poderem encontrar um lar. Organizações de resgate do país estão se unindo na busca por famílias para esses animais.
Testes em animais
Todos os dias, cães, macacos, ratos e outros animais são forçados a passar por dolorosos testes de toxicidade por causa de um processo falho de aprovação de medicamentos. Esses animais passam a vida inteira em ambientes de laboratório estéreis, são forçados a ingerir – ou são injetados – substâncias potencialmente tóxicas suportam vários outros procedimentos dolorosos e angustiantes e são mortos quando o teste termina.
Esses testes não são apenas cruéis, mas também imprecisos, pois aproximadamente 90% dos medicamentos aprovados nos testes em animais, falham em testes em humanos.